Hoje é 27 de julho de 2024 02:05
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Mulher é investigada por atuar como esteticista e lesionar pacientes no rosto

De acordo com a polícia, falsa esteticista também receitava remédios controlados; investigações mostram que ela tem apenas o ensino médio completo e não possui curso superior
Karina Jéssica Souza está sendo investigada por exercício ilegal da medicina, exercício ilegal de profissão, lesão corporal e uso de documento falso | Fotos: Divulgação/PC

A Polícia Civil de Goiás está investigando uma mulher que se passava por esteticista para realizar procedimentos estéticos em Goiânia. Segundo a polícia, a investigada Karina Jéssica Souza, de 34 anos, também receitava uso de remédios controlados após as complicações dos procedimentos.

O delegado responsável pelo caso, Wellington Lemos, explicou que vários pacientes denunciaram proque tiveram o rosto deformado.

“Ela só tem a formação do ensino médio, não possui nenhuma formação de ensino superior. Ela adulterou, falsificou, e usava um documento falso que a habilitava como graduada em estética e também pós-graduada nessa área”, disse o delegado.

Nesta terça-feira (22/8), a polícia cumpriu cinco mandados de busca e apreensão na casa de Karina e em quatro clínicas em que a ela atendia os pacientes.

Segundo o delegado, pelo menos 7 vítimas relataram terem sofrido inchaços, edemas, perdas da sensibilidade, deformação temporária e dor.

“Após ser contatada por essas vítimas que ficaram lesionadas, ela receitava por escrito ou verbalmente, via mensagens, para essas vítimas tomarem medicações até de uso controlado”, afirmou o delegado.

Duas clínicas interditadas

Durante a operação, que foi chamada de Fake Face, duas das clínicas foram interditadas. Conforme informações repassadas pelo delegado Wellington Lemos, a polícia cumpriu os mandados de busca e apreensão para reprimir esse tipo de atividade e verificar se os estabelecimentos possuíam as documentações legais e alvarás de funcionamento.

A PC também verificou se os profissionais das unidades possuíam as devidas habilitações.

“Ela sublocava essas salas para atuar. Ela não era a profissional responsável por essas clínicas e apenas sublocava esse horário”, explicou o delegado.

Ainda, segundo o delegado, a investigação começou após a denúncia de uma vítima há aproximadamente um mês. À polícia, a vítima disse que sofreu lesões após fazer um procedimento com Karina em 2022, em uma clínica localizada no Setor Bueno.

A polícia também informou que, até o momento, sete vítimas já foram identificadas. Conforme as apurações, todos os procedimentos eram feitos no rosto dos pacientes, como preenchimentos labiais, de bigode chinês e olheiras.

No momento da busca e apreensão, Karina disse à polícia que ela mesma produziu o diploma. Ela está sendo

Informalmente, durante a busca e apreensão, Karina falou à polícia que ela mesmo produziu o diploma. Ela está sendo investigada por exercício ilegal da medicina, exercício ilegal de profissão, lesão corporal e uso de documento falso.

“A sua liberdade não demonstra um risco contra a segurança pública, os requisitos da prisão preventiva não estão ainda configurados e o objetivo dessa operação foi para arrecadar material probatório dos fatos relatados pelas vítimas”, finalizou.

Até o fechamento desta matéria, a defesa de Karina não havia se pronunciado sobre o caso. Além disso, o nome das clínicas não foi divulgado pela polícia, por isso, não foi possível localizar a defesa delas.

A divulgação da imagem de Karina foi procedida nos termos da Lei nº 13.869/2019 e da Portaria nº 547/2021 – PC, conforme despacho do(a) delegado(a) de polícia responsável pelo inquérito policial, de modo que a publicação de sua imagem possa auxiliar no surgimento de novas vítimas e testemunhas que façam seu reconhecimento, além de novas provas.

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