Hoje é 27 de julho de 2024 06:52
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Ministro do Trabalho defende semana com quatro dias úteis

Ao abordar o tema durante audiência em comissão do Senado, Luiz Marinho disse não ter discutido ideia com Lula e que cabe ao Congresso analisar eventual redução na jornada de trabalho
Ministro do Trabalho, Luiz Marinho (à dir.), em audiência pública na Comissão de Direitos Humanos do Senado: tema deve ser discutido pela sociedade civil e pelo Congresso Nacional, a quem cabe legislar sobre questões trabalhistas // Foto: Geraldo Magela/Agência Senado

O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, defendeu nesta segunda-feira (9/10) o debate sobre a redução da jornada de trabalho no país, com a possibilidade de instituição da chamada “semana de quatro dias” úteis. Ele falou sobre o tema durante audiência pública na Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa do Senado.

A semana de quatro dias úteis vem sendo testada em algumas empresas do Brasil e do exterior. Nos Emirados Árabes Unidos desde janeiro de 2022, todos os funcionários de órgãos públicos trabalham com apenas 36 horas semanais, divididas em quatro dias úteis.

Defensores da ideia afirmam que, com mais tempo para descanso e lazer, os empregados podem produzir mais e desenvolver menos problemas de saúde, entre outros benefícios trazidos pela redução do trabalho.

Para Luiz Marinho, esse é um tema que deve ser discutido pela sociedade civil e pelo Congresso Nacional, a quem cabe legislar sobre questões trabalhistas.

“Eu creio que a sociedade brasileira está na hora sim [de debater essa questão] e o palco é o Congresso Nacional, que deve se debruçar sobre isso”, afirmou o ministro.

Marinho também afirmou que não discutiu a ideia com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, mas disse acreditar que o mandatário não seria contrário ao debate sobre diminuição da jornada de trabalho sem a redução proporcional de salários.

“Há debates acontecendo, de experimentos em relação a se pensar em três dias na semana, ou quatro dias na semana, se tem experiências acontecendo em relação a esse debate […]. Se tem um debate sobre as tecnologias, a inteligência artificial, plataformas que temos, é necessário que se pense a jornada”, acrescentou o ministro do Trabalho.

“Aliás, quando falamos em tecnologia, pensamos que ela viria em benefício da sociedade, se trabalhar menos e o conhecimento ser redistribuído. Mas observamos que ela [a tecnologia] é apropriada para o bolso e para aumentar a exploração, é contraditório”, observou Marinho.

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