Hoje é 27 de julho de 2024 06:57
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Forças de segurança e voluntários socorrem mais de 11 mil animais no RS

Entre os bichos acolhidos há cães e gatos e também aves, guaxinins e cavalos, como o Caramelo, que passou horas sobre o telhado de uma casa ilhada
Animais resgatados passam por triagem veterinária e são devolvidos aos tutores ou enviados para abrigos públicos, organizações não-governamentais ou clínicas veterinárias, caso estejam feridos // Foto: Leandro Osório/Instituto Nina Rosa

Desde o final de abril, as intensas chuvas que assolam o Rio Grande do Sul mobilizaram uma verdadeira operação de resgate de animais de estimação e silvestres. Segundo a Secretaria Estadual do Meio Ambiente e Infraestrutura (Sema), até o meio-dia desta terça-feira (14/5), mais de 11.002 animais foram resgatados em diversas regiões do estado.

Entre os resgatados predominam cães e gatos, porém também foram salvos aves, guaxinins e até cavalos, como é o caso do Caramelo, que ficou horas em perigo, imóvel sobre o telhado de uma casa ilhada em Canoas. O momento emocionante de seu resgate foi transmitido ao vivo por diversas emissoras de TV.

A operação de resgate não para por aí. Após serem retirados das áreas de risco, os animais são encaminhados para uma triagem veterinária. Aqueles que estão em boas condições de saúde são prontamente devolvidos aos seus tutores. No entanto, quando não há identificação dos responsáveis, os animais são direcionados para abrigos públicos, organizações não governamentais (ONGs) ou clínicas veterinárias, especialmente se estiverem feridos.

Um dos centros improvisados para receber animais separados de seus tutores está localizado em São Leopoldo, na região metropolitana de Porto Alegre. Desde segunda-feira (13), uma parte dos animais resgatados na cidade está sendo acolhida em um amplo galpão, anteriormente utilizado como hipermercado. O espaço, atualmente desocupado, foi gentilmente cedido à prefeitura gratuitamente pelo grupo Carrefour Brasil, por tempo determinado, para auxiliar nos esforços de resgate e assistência aos animais afetados pelas chuvas.

“Abrimos esse espaço para albergar os animais que ainda estão sendo resgatados da enchente. Conseguimos alojá-los aqui, fizemos um local para 180 cães”, comentou o secretário municipal interino de Proteção Animal (Sempa), André Ellwanger, nas redes sociais.

Segundo ele, os cães que chegam ao abrigo provisório vêm “muito cansados, precisando de alimentação e água”. Como em outras cidades, há muitos voluntários ajudando, principalmente veterinários.

“Estamos fazendo este trabalho para dar um mínimo de conforto para esses animais; divulgando para a sociedade [informações sobre os bichos resgatados] para ver se os tutores conseguem reconhecê-los e vir apanhá-los”, acrescentou o secretário.

Entre as entidades não governamentais que reúnem voluntários para salvar e cuidar dos animais afetados está o Grupo de Resgate de Animais em Desastres (Grad).

“Essa missão está sendo uma das mais complexas de toda nossa história”, informa o grupo, em sua página, na internet.

“Os pedidos por resgates não param de chegar, mas muitas áreas continuam inacessíveis. Precisamos aumentar nossa equipe a campo e estamos solicitando apoio de embarcações a motor para salvar o maior número de animais possível. Precisamos de toda e qualquer ajuda nesse momento”, pede o Grad.

“É fundamental reconhecer o empenho de todos os agentes envolvidos nos resgates, que formam uma rede integrada e organizada. Estas ações são essenciais para o salvamento das vidas dos animais”, avaliou a secretária estadual do Meio Ambiente e Infraestrutura, Marjorie Kauffmann, também em nota. (Com informações da Agência Brasil)

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