Hoje é 8 de outubro de 2024 12:53

Fisioculturista será indiciado por feminicídio, após morte da esposa

Mulher morreu após ser levada ao hospital pelo marido com vários sinais de espancamento; homem foi preso após alegar queda
Vítima ficou em coma e estava internada em uma Unidade de Terapia Intensiva em hospital particular de Aparecida de Goiânia e morreu nesta segunda-feira // Foto: Redes sociais

A Polícia Civil de Goiás irá indiciar o fisioculturista Igor Porto por feminicídio após a morte de sua esposa, Marcela Luise Souza Ferreira, que estava internada em um hospital particular em Aparecida de Goiânia. A informação foi divulgada pela delegada Bruna Coelho, da Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam) de Aparecida de Goiânia. Segundo a delegada, o próximo passo é finalizar as diligências e remeter o inquérito ao Poder Judiciário.

Marcela, internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) desde o dia 10 de maio, faleceu na noite desta segunda-feira (20/5) devido a múltiplas agressões. De acordo com a delegada, Igor Porto possui um histórico de violência doméstica e já foi alvo de inquérito policial por agressão. Ele está preso desde o dia 17 de maio.

A investigação revelou que Igor levou Marcela inconsciente ao hospital, alegando que ela havia caído em casa no dia 10 de maio. Marcela sofreu traumatismo craniano, oito costelas quebradas e diversas escoriações pelo corpo.

A Justiça manteve a prisão de Igor durante uma audiência realizada na tarde de segunda-feira (20). Os advogados de defesa, Thiago Marçal Ferreira Borges e Gelicio Garcia de Morais Júnior, lamentaram a morte de Marcela e anunciaram que pedirão a substituição da prisão preventiva por outras medidas cautelares.

Hospital denunciou suspeita de agressão

A delegada Bruna Coelho acredita que o fisiculturista espancou a mulher e a levou para o hospital. A investigadora conta que a polícia foi chamada pelo hospital, que informou que tratava-se de múltiplas lesões, o que não é condizente com uma queda.

“Ela teve traumatismo craniano dos dois lados da cabeça e na base do crânio, fraturou a clavícula, oito costelas e teve várias escoriações pelo corpo”, disse.

Ao receber a denúncia, a polícia começou a investigar o caso. “Nós fomos até [a casa] e pedimos uma perícia no local. Um perito também esteve no hospital e nós ouvimos várias pessoas”, detalhou Coelho.

“Ele disse para a equipe médica que ela estava limpando a casa quando escorregou e caiu. Segundo ele, ela convulsionou e as lesões foram causadas pela queda. Então, ele deu um banho nela e a levou para o hospital, onde, de imediato, ela foi levada para uma cirurgia e depois para a UTI”, afirmou.

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